Mapeamento Nacional de Experiências em Extensão Popular


MAPEAMENTO NACIONAL DAS EXPERIÊNCIAS EM EXTENSÃO POPULAR



RELATÓRIO PARCIAL (2014/2015)


O mapeamento nacional de experiências em extensão popular é uma iniciativa do projeto de pesquisa e extensão Vivências de Extensão em Educação Popular e Saúde no Sistema Único de Saúde (VEPOP-SUS). Este relatório não está concluído, mas apresenta os resultados conseguidos entre janeiro de 2014 até dezembro de 2015.


PERCURSO METODOLÓGICO


No intuito de facilitar a pesquisa considerou-se a divisão regional do país, sul, sudeste, centro-oeste, norte e nordeste, a fim de que fossem contempladas as experiências provenientes de todo o território brasileiro. Em seguida elaborou-se um formulário eletrônico com 16 questões abertas e fechadas, para divulgação e mapeamento das experiências de extensão popular espalhadas pelo país. 


O formulário começa com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), conforme aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde (CCM) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O TCLE e o questionário foram desenvolvidos online e toda a pesquisa foi realizada nesta plataforma (Google), com a perspectiva da produção do conhecimento e do aprimoramento da comunicação entre os atores das diversas práticas e ações deste campo.


A participação dos sujeitos da pesquisa é assegurada com privacidade e autorização do sujeito quanto à divulgação de sua experiência e de sua identidade. Esta pesquisa encontra-se em consonância com os preceitos que regem a Portaria n.466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, os quais dispõem sobre os cuidados éticos em pesquisa (BRASIL, 2012). Somente serão aceitos questionários online em cujas respostas encontrem-se anuência ao Termo de Consentimento.


Não se trata de uma pesquisa anônima pois um dos objetivos é entrar em contato com as pessoas envolvidas nos projetos, no sentido de formar uma rede de trocas de experiências e parceria junto à ANEPOP e outros movimentos de Educação Popular, aglutinando essas experiências de modo que se impulsionem as ações dos diversos sujeitos envolvidos. 


Chegamos às seguintes classificações, parciais, até o momento:

Experiências que se denominaram claramente como Extensão Popular; 

Experiências que não se denominaram como Extensão Popular;

Experiências que não podem ser consideradas extensão universitária, por não apresentarem vínculo com uma instituição de ensino, ou por serem um trabalho de pesquisa, não de extensão.

Obs.: aquelas experiências que restaram dúvidas devido a insuficiência de questões preenchidas no formulário ou mesmo pouca clareza na explicação ou resumo, foi realizado contato por meio eletrônico, solicitando informações que pudessem contribuir com o entendimento e com a devida classificação. 

Alguns resultados


No período de agosto de 2015 obtivemos até 104 pessoas que responderam ao formulário de pesquisa no formato Google Docs. Destas, 102 (97,1%) aceitaram participar da pesquisa após responder ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e duas não aceitaram participar (2,9%).

Das pessoas que aceitaram participar da pesquisa e responderam ao formulário:

61% declararam-se coordenadores dos projetos; 
Seguidos por 15,2% de estudantes; 
14,3% professores; 
6,7% de profissionais;
2,9% de membros da comunidade.









                                                                                                                                                                  Figura 1: Gráfico 1: Inserção no projeto

Já com relação aos responsáveis pelas informações fornecidas para os projetos considerados como Extensão Popular, observa-se através do gráfico abaixo, um cenário parecido com o dos projetos de extensão universitária, onde:

54% dos questionários foram preenchidos por coordenadores;
18% por estudantes;
14% por professores;
 9% por profissionais;
 5% por membros da comunidade.

Com relação as experiências mapeadas por Estado, pode-se observar através da tabela 1, o seguinte resultado:

Estado
Quantidade
Proporção
Acre
0
0%
Alagoas
1
0.9%
Amapá
0
0%
Amazônia
0
0%
Bahia
4
3.7%
Ceará
1
0.9%
Distrito Federal
1
0.9%
Espirito Santo
1
0.9%
Goias
0
0%
Maranhão
0
0%
Mato Grosso
5
4.6%
Mato Grosso do Sul
1
0.9%
Minas Gerais
11
10.2%
Pará
5
4.6%
Paraiba
19
17.6%
Paraná
10
9.3%
Pernambuco
3
2.8%
Piauí
4
3.7%
Rio de Jeneiro
9
8.3%
Rio Grande do Norte
0
0%
Rio Grande do Sul
12
11.1%
Rondônia
0
0%
Roraima
4
3.7%
Santa Catarina
5
4.6%
São Paulo
8
7.4%
Sergipe
4
3.7%
Tocantins
0
0%

Tabela 1: distribuição geográfica das respostas no formulário de pesquisa

                                                                                                                                                              Figura 2 - Gráfico da distribuição geográfica e numérica das experiências relatadas no formulário de pesquisa - Google Docs


No Acre, Amapá, Amazônia, Goias, Maranhão, Rondônia, Rio Grande do Norte e Tocantins, nenhuma experiência foi relatada; nos estados de Alagoas, Ceará, Distrito federal, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, apenas uma experiência foi relatada; Pernambuco obteve três experiências; estados da Bahia, Pará, Piauí, Roraima e Sergipe relataram 4 experiências cada um; Mato grosso e Santa Catarina foram 5; São Paulo relatou 8; No Rio de Janeiro foram 9 as experiências relatadas; No Paraná 10; Minas Gerais foram 10; Rio Grande do Sul relatou 12; Paraíba são 19.







                                                                                                                                                                     Figura 3: Produção Acadêmica dos projetos


Produção
Número
Proporção
Artigos
53
49.1%
Resumos
59
54.6%
Livros
21
19.4%
Capítulos de Livros
24
22.2%
Video
26
24.1%
Outros
33
30.6%
Sem produção acadêmica
23
21.3%

Planilha 2 - Tabela com a distribuição de produção acadêmica das experiências relatadas. Número exato e proporção

É muito interessante observar que apenas:
23 (21.3%) das experiências relatam não ter produção acadêmica;
53 (49.1%) dos projetos dizem ter artigos publicados;
59 (54.6%) ter resumos sobre o projeto apresentados em eventos acadêmicos;
21 (19,4%) ter livros publicados;
24 (22.2%) ter publicado capítulos de Livros;
26 (24.1%) ter realizado vídeos;
33 (30.6%) ter diferentes formas de produção. 

Importante observar que um mesmo projeto tem diferentes produções, como por exemplo artigo e vídeo ou artigo e resumo. O formulário oferecia a opção de mais de uma resposta simultaneamente. 




                                                                                                                                                                                                         Figura 4: O tempo de existência dos projetos



Menos de 6 meses
16
14.8%
Entre 6 e 12 meses
18
16.7%
Entre 12 e 24 meses
18
16.7%
Mais de 24 meses
56
51.9%

Planilha 3: tempo de existência dos projetos - Número e proporção de produções


16 projetos (14.8%) existem há menos de 6 meses;
18 programas (16.7%), estão ativos entre 6 e 12 meses;
18 projetos (16.7%) estão entre 12 e 24 meses;
56 projetos (51.9%) estão ativos há mais de 24 meses.


Algumas entidades sociais que participam dos projetos 





Figura 5: entidade participantes do projeto

Sindicatos
10
9.3%
Associações de Moradores
27
25%
Movimentos
39
36.1%
Unidade de Básica de Saúde
55
50.9%
Unidade Hospitalar
19
17.6%
Outro
60
55.6%

Planilha 4: entidade participantes do projeto


Das entidades envolvidas ou parceiras dos projetos relatados:


10 (9.3%) são de entidades sindicais;
27 (25%) são de associações de moradores;
39 (36.1%) são de movimentos não especificados;
55 (50.9%) são de Unidade básica de Saúde;
19 (167.6%) são de Unidades hospitalares;
 60 (55.6%) são de outras entidades não especificadas. 

As pessoas que responderam ao formulário não restringiram suas respostas a apenas uma opção uma vez que o formulário permitia mais de uma resposta ao mesmo tempo. Isso por que as entidades podem se enquadrar em mais de uma definição, como ser uma associação de moradores e ao mesmo tempo fazer parte de um movimento maior. Também porque um mesmo projeto pode ser desenvolvido em uma Unidade Hospitalar e em um Unidade de Atenção Básica de Saúde (UBS) ou em uma Associação de Moradores e uma UBS ao mesmo tempo, por exemplo.


Além das parcerias, foi questionado também qual era a entidade que coordenava o projeto.



Figura 6: Entidades coordenadoras do projeto



Universidade pública
87
80.6%
Universidade privada
3
2.8%
Universidade Filantrópica
0
0%
Nenhuma das opções
18
16.7%
Planilha 5: entidades coordenadoras do projeto





87 (80.6%) das entidades coordenadoras dos projetos de extensão mapeados são coordenados por Universidade pública;
3 (2.8%) por Universidade privadas;
Nenhum caracterizou sua universidade como Filantrópica;
18 (16.7%) não optaram por nenhuma das opções oferecidas pelo formulário, indicando outras instituições coordenadores, o que parece estar associados a ações que não corresponde de fato a extensão.








Um comentário:

  1. Conhecendo o protagonismo da Paraiba. Planejaremos viagem para conhecer vocês.
    Avante!
    Nos inscrevemos/cadastramos.

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